Sem nos darmos conta, a casa de banho tornou-se num acumulador de plástico. Temos tudo o que é produtos de corpo e cabelo em embalagens de plástico, assim como cremes, escovas de dentes e até mesmo a pasta de dentes! Numa breve visita ao supermercado é fácil reparar que para este último produto não se vê mais nada do que uma mistura de químicos dentro de um tubo de plástico. O consumidor que não pesquise ou não seja informado por terceiros acaba por conhecer apenas estas.
Claro que o setor comercial se tratou de arranjar mil e uma especificações para as pastas de dentes. Umas são para ter os dentes mais brancos outras para dentes mais fortes… Mas o que todas têm em comum é o facto de não ser recomenda a sua ingestão. Ou seja, não são boas nem para nós nem para o ambiente.

Alternativas às pastas de dentes convencionais
Já existem algumas alternativas às pasta de dentes convencionais. Temos sabão dentário, pastilhas dentárias (uma boa alternativa para viagens), pó branqueador e a pasta de dentes natural. Esta última alternativa é aquela que mais se parece com as pastas de dentes convencionais e foi a que escolhi para experimentar. Comprei a minha na primeira loja online de produtos ecofriendly de Portugal, a Mind the trash e é da marca georganics.
Sobre o produto
As pastas de dentes da georganics são 100% naturais, com ingredientes de base alimentar e de cultivo orgânico e por isso não contém qualquer vestígio de Fluoreto, SLS e Glicerina . Para além disso são também vegan e cruelty free! São produtos “zero waste” onde não é criado lixo, vêm num frasco de vidro e numa caixa de cartão reciclado e ainda trazem uma espátula doseadora de bamboo.
De cada vez que forem usar a pasta apenas precisam de colocar uma quantidade de pasta equivalente a uma ervilha. Depois é lavar os dentes com movimentos circulares durante 2 min e passar por água no fim. Existem vários sabores diferentes, desde mandarina vermelha (recomendada para crianças) à árvore de chá. A minha é de carvão vegetal ativador e por isso ao lavar ficasse com a boca cinzenta.
Ao contrário das pastas convencionais estas não criam espuma e pode parecer que não estão a fazer nada. Mas na verdade estão a fazer o seu trabalho e muito bem. A espuma que vemos em tudo o que são produtos de limpeza é uma ilusão para nos dar a ideia de que está a funcionar, não passa de um químico.

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A minha experiência com a pasta de dentes
Quando estamos habituados desde pequenos a uma certa textura e sensação é difícil mudar para outra coisa e estranha-se. As pastas de dentes não são excepção, a primeira utilização da pasta deixou-me de pé atrás. É algo completamente diferente principalmente em contacto com a língua. Diria mesmo que é uma experiência péssima, dá vontade de tirar o produto de imediato e lavar bem a boca. Mas após uns segundos a esfregar os dentes a maior parte da sensação estranha acaba por passar. A segunda e terceira vez são mais toleráveis mas ainda se estranha.
Acreditem quando vos digo que não vão achar nada piada à pasta de dentes nas primeiras 3/4 utilizações. Foi aos poucos que me fui habituando mas agora não quero outra coisa. Nunca senti os dentes tão bem lavados como agora! Para além disso dá-me imenso gosto saber que estou a usar um produto que é bom para o ambiente e para mim.

Não vos vou mentir, uma pasta de dentes alternativa, qualquer uma das opções, não é barata. Enquanto que no supermercado compramos um tubo de 75ml entre os valores de 1€ e 5€, estas com frascos de 60ml e 120ml custam entre 7€ e 10€. Por outro lado, duram bastante mais tempo que as convencionais por não ser preciso tanto produto de uma só vez. Não é uma mudança tão fácil como as outras para a carteira, mas vale a pena se poderem!